Mudar de casa é também não pertencer a lugar nenhum. E eu moro em muitos lugares. Vou deixando marcas por aí!
E quanto mais eu quero por os pés no chão. Mais é que a vida me empurra porta afora e me manda procurar um lugar seguro, dizendo que o outro já foi-se!
Então eu ando no limiar da rua, com a cabeça voltada ao céu e aos prédios procurando meu novo lar por infinitamente um ano!
E tudo o que eu tenho é preguiça de não pertencer a lugar nenhum.
Quero uma casa com quintal, jabuticabeira e uma mesinha de madeira colorida com um guarda-sol velhinho, de tecido já meio desbotado.
Uma rede amarela e uma videira.
Há de ter terra preu pisar. Há de ser fresca, umedecida pela garoa.
Também uma vitrola antiga preu cantar e dançar.
Mas, por enquanto, me resta a altura da paisagem que vejo através das janelas dos arranha-céus.
3 comentários:
que texto mais gostoso de ler! nossa!
a gente sente muito igual!
"E tudo o que eu tenho é preguiça de não pertencer a lugar nenhum."
sonho poemas
de luz
danço poemas
das trevas
normalmente
amanheço em cinzas
Olá Priscila, fico feliz quando encontro pela NET poetas de Piraju mandando bem. Estamos construindo um blog de Poetas de Piraju, mande algum texto para nós oK. Abraços poéticos.
Carlos Muzilli
calberto97@itelefonica.com.br
Tem uma poltrona pra mim?
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