24 de outubro de 2006

Eu sou uma mistura de vontades!

é isso!

23 de outubro de 2006

A nossa raiz caipira

No lobby do Centro Cultural Vergueiro, era possível avistar uma fila que conduzia ao salão de shows. Já se entoava uma música doce, um tilintar de instrumentos delicados que sacudiam de leve os pés do público enfileirado. Podia-se ter a impressão de que muitos não conheciam, ou não sabiam o que os esperava, de outros, a felicidade no rosto denunciava o encontro de amigos que ali se consumaria.
Ao entrar no salão era possível perceber a ansiedade de alguns e a curiosidade de outros, transeuntes que ali foram levados pelo tocar macio da viola ainda em teste. Devidamente sentados, o espaço da platéia foi tomado pelos dançantes de trajes coloridos, que invocavam poemas ritmados, dançando ao som de sua própria cantoria. Os brincantes dão espaço ao som da viola caipira, reforçado pelo som da sanfona regida pelo mestre cego. Houve aqui a prova silenciosa de que a arte é regida mais pela sensibilidade. O cantador, Oswaldinho Viana, falava da saudade que se tem de um lugar. Mas o público percebeu que essa saudade deveria existir para que ele pudesse cantar esse lugar. Esse que é a saudade de todos nós, da gente que vem do interior, ou das raízes que um dia plantaram por nós lá. Marisa Viana depois se confirmaria paulistana e cantante do interior, dessa saudade que alguém por ela plantou lá. Enquanto os músicos estavam no palco, o silêncio na platéia era absoluto. Dava para perceber aqueles sorrisos de lado, como quem se deixa levar pela música, ou se encanta quando ouve um acorde bem tocado.
Uma infinidade de 25 músicos revezaram-se no palco, com os mais diversos tipos de instrumentos. A voz doce de Marisa misturou-se ao recado da alfaia, aos sons de sua percussão interiorana, ali de onde se ouviam passarinhos e o som dos sinos dos ventos levavam a gente pra longe de São Paulo, ali em plena Vila Mariana, do lado da Avenida Paulista. Oswaldinho, ele também silenciou ao evocar Piraju, sua cidade natal, falada em tantos versos, a cada estremecer das cordas da viola. Foi acompanhado pelo violino, que com se lamento triste pôs espectadores, inclusive esta que vos fala, a chorar.
Era uma saudade que pertencia a todos aqueles que saem de casa para buscar uma vida que ainda não se conhece, mas que se constrói porque a própria vida, essa não pára nunca, e tudo o que dá é saudade.

17 de outubro de 2006

é!

Eu queria ter um cachorro!

16 de outubro de 2006

Observações.

Esse é um tempo nefasto de homens entristecidos. A Era que manda notícias e nunca tem tempo.

Desesperanças no pé do ouvido e gosto amargo na boca.

Tempo de conflitos e politicagem. Tempo da máquina sobreposta ao homem.

Tempo da diversão programada. Dos sentidos e sentimentos calculados.

Esse é um tempo que não se é permitido esquecer. É necessário vingar e vingar-se.

Tempo de frases curtas, pensamentos longos e ainda assim, obrigatoriamente ágeis.

Uma mistura de vidas, de buscas e desejos inalcançáveis. Tempo de fuga e fugacidade.

Sobriedade servida em bandejas e oferecida aos quilos. Como tudo o que deve ser exagerado.

8 de outubro de 2006

E hoje essa cidade tem um cheiro e um gosto diferente.

Tem um sol bonito lá fora, e tem o clima das tardes do meu interior. E esse dia desperta a vontade de fazer tantas coisas, de estar em muitos lugares.

Vem da falta que estar lá me faz. E vem da sobra da nostalgia que vivemos ontem. Há algumas horas.

Mas esse cheiro e esse gosto andam me confortando. Traz na minha pele uma sensação familiar e mesmo assim inenarrável.

"Tem certas coisas que eu não sei dizer"

2 de outubro de 2006

Muda que muda que a vida é curta e a gente tem tempo não!

Muda que o tempo não pede licença e nem assovia quando pede perdão.

Muda que muda que o vale na vida é a “experimentação”.

Muda que muda o presente, constrói o futuro e deixa o passado só pertencer ao coração.

Muda que a gente gosta de ver. E paga por isso.

Muda que eu to atrás de você esperando para saber se deu certo ou não!

Muda que o risco vale mais que o senão!

Muda que o corpo pede, a alma cobra e a saudade investe.

Muda.

Muda.

Mude.




Vai ser gauche na vida. [De uma grande amiga para mim]