26 de dezembro de 2007

Gosto mais dos casos que Chico cantou e das histórias que Garcia Márquez escreveu.
Hoje tatuei minha vida em mim.
Outra metade dela, tatuei nas encostas do rio.
Uma história que não é minha.
Mas criei e sou a protagonista não revelada.
O sujeito do não-acontecer.
Reinventei-me para poder viver.

Faltou-me o verbo.
A canção.
O tato.
Até a lembrança.

E silêncio e sozinha.
Dona de uma história que só acontece aqui, cá bem dentro daqui.
Agora já não é mais nada.
Apenas certezas vãs. E o nada.
Tudo passou diante dos meus olhos e dos meus gestos.
Eu nada pude fazer.
E agora tudo está em seu devido lugar.
Cá dentro de mim o mundo revirou-se.

Eu calei.
Silenciei.


Neguei-me a mão que passeava.
Nada fiz.
Nada.