22 de dezembro de 2005

Tem um pouco de Piraju em qualquer lugar do mundo. Na rua vazia que lembra cidade fantasma e que contêm milhares de informações e lembranças. No modo de ser dos meus amigos que pautam a maneira pela qual procuro conhecer novas pessoas. No som que a música espalha e acaba sempre sendo uma identificação para encontrar sons de boa qualidade em qualquer lugar, por desavisado que seja. Nas conversas inesperadas que acontecem em esquinas constantes. Na solução de problemas que incomodam o mundo todo e na falta de consciência acerca de problemas ambientais mal resolvidos.
Tem um pouco da música pirajuense em todo lugar do mundo, ou são todos os lugares do mundo que estão presentes na música pirajuense. A música aqui surge com muita naturalidade e é possível observa-la pela variedade de músicos-compositores que habitam essa cidade.
Tem um pouco de Paranapanema em todo rio. Embora nosso problema central seja a construção imprudente de usinas hidrelétricas e, conseqüentemente, a desvalorização do espaço ambiental em uma cidade denominada “Estância turística” (título que lhe foi dado graças aos seus dotes naturais, contraditório, portanto).
Ainda é possível andar descalço por aqui e encontrar nas ruas velhos amigos dispostos a trocar longas horas de conversas, além de unir pessoas que se separaram pela necessidade natural de buscar conhecimento em outras partes do país. Talvez por isso haja um pouco de Piraju em qualquer lugar do mundo.