22 de dezembro de 2005

Tem um pouco de Piraju em qualquer lugar do mundo. Na rua vazia que lembra cidade fantasma e que contêm milhares de informações e lembranças. No modo de ser dos meus amigos que pautam a maneira pela qual procuro conhecer novas pessoas. No som que a música espalha e acaba sempre sendo uma identificação para encontrar sons de boa qualidade em qualquer lugar, por desavisado que seja. Nas conversas inesperadas que acontecem em esquinas constantes. Na solução de problemas que incomodam o mundo todo e na falta de consciência acerca de problemas ambientais mal resolvidos.
Tem um pouco da música pirajuense em todo lugar do mundo, ou são todos os lugares do mundo que estão presentes na música pirajuense. A música aqui surge com muita naturalidade e é possível observa-la pela variedade de músicos-compositores que habitam essa cidade.
Tem um pouco de Paranapanema em todo rio. Embora nosso problema central seja a construção imprudente de usinas hidrelétricas e, conseqüentemente, a desvalorização do espaço ambiental em uma cidade denominada “Estância turística” (título que lhe foi dado graças aos seus dotes naturais, contraditório, portanto).
Ainda é possível andar descalço por aqui e encontrar nas ruas velhos amigos dispostos a trocar longas horas de conversas, além de unir pessoas que se separaram pela necessidade natural de buscar conhecimento em outras partes do país. Talvez por isso haja um pouco de Piraju em qualquer lugar do mundo.

6 de novembro de 2005

EU MUDO O TEMPO TODO SÓ PORQUE ESTOU VIVA!

3 de novembro de 2005

Processo de criação acelerado. Ramificado. Descolocado.Colado.Embaralhado.Enrolado.
Virtualidades e virtuosismos. Sofismos.Achismos.Coloqueísmos.Maniqueísmos.
Artistas mambembes procuram. Seguram. Aturam. Perduram. Molduram.

1 de novembro de 2005

Pra onde a gente vai quando deixa de existir ?
As vezes acho que para um passo a frente, outras, nem para tras, nem pra lugar algum. So o encontro com o fim que nos cerca.
Pensar sobre a morte não soluciona sequer uma fagulha do que sua dor representa. Tão ineficiente quanto contar moedas miudas e saber que nunca teremos o suficiente.
Desenvolver teorias , religiões e projetos de planos espirituais antigos ou passados, e, inventar, pensar em lugares, paraisos ou limbo não amortece. Não ajuda. Não preenche. Nada.
Novas formas longinquas de diferentes modos de encara-la não me apetecem, nem suscitam um sentimento de confusão ou possibilidade de qualquer outra coisa.

Se ha um lugar para onde vão as almas, sera que eh aih para onde tambem vão os animais?

Fechei os olhinhos que não paravam de tentar me entender. Perdi o calor que aquecia meus pes em noites frias. Desencontrei a alegria de jogar um graveto.

15 de outubro de 2005

" Utilizo a Imaginação sem pensar, mas tenho consciência de que não é a melhor fórmula, porque o estado poético em que tudo surge como material diretamente utilizável é, sem dúvida o mais invejável"

"Chorar faz bem ã saude.Ë curioso: é uma coisa que só tem vantagens e que nos proibimos. No fundo, não sei realmente porquê"

Michel Houellebeq - escritor francês "contra o mundo, contra a vida"

Novos caminhos na minha vida de sempre!
Novos parâmetros para os sonhos com os quais já sonhava!
Novas buscas por ruas que sempre passo
novos horizontes por onde nasce o mesmo sol
novos olhares para pessoas que conheço desde a infância
novas percepções sobre sons que escutei há tempos
novas performances para músicas que já dancei
Novos rumos para decisões que moram em mim.



9 de outubro de 2005

MACUPIRANDO...

Manifesto Cultural de Piraju - MACUPIRA

Movimento popular de fomentação a arte e cultura concludente do Município de Piraju e região do Vale do Rio Paranapanema.

Desde 1999
Parte I

O MACUPIRA é a expressão do povo de Piraju. É a força e o curso das águas do Paranapanema. É a fé e a vontade de ver um país que conhece com orgulho suas origens. O MACUPIRA é o sorriso aberto e feliz de uma criança pintada a óleo sobre tela pelo padeiro, pelo vereador, pelo estudante ou pelo peão.


O MACUPIRA se expressa através da ARTE e entende como arte qualquer manifestação ou produção criativa do cidadão comum que naturalmente pensa, anseia, sonha e realiza.
O MACUPIRA é POPULAR e ABERTO, ou seja, ocorre por livre e espontânea vontade do povo e todos, sem distinção de idade, sexo, classe social, religião ou posição política podem participar ativamente. Sendo um movimento de todos, não há dono, pois é de propriedade do povo. Logo, não possui caráter assistencial, pelo contrário, são os próprios cidadãos que o tornam vivo.

O MACUPIRA é COSNTANTE e DINÂMICO, pois, enquanto movimento, não possui hora ou local específico para se manifestar. Onde jazer uma ou mais pessoas pensando, criando e interagindo, estará ocorrendo o MACUPIRA.

O MACUPIRA INTEGRA porque, além das manifestações individuais e coletivas que ocorrem no dia a dia desse movimento, realiza intervenções em praça pública reunindo todos os participantes. Nessas intervenções, toda a comunidade que ainda não participa do manifesto é convidada a assisti-lo livremente, podendo também se manifestar espontaneamente entrando para o MACUPIRA.

O MACUPIRA é LIVRE e qualquer maneira de expressar uma idéia é percebida como produto do movimento, portanto, qualquer cidadão pode ser MACUPIRENSE a partir do momento que a vontade ocorrer.

O MACUPIRA vive através da TROCA de experiências entre os membros do movimento, entre a sociedade e o movimento e se torna cada vez mais rico e vivo com a entrada de cada cidadão.

O MACUPIRA é ATIVO porque se trata de um manifesto de quem sempre está em movimento, buscando novas possibilidades, novas maneiras de pensar e agir.

O MACUPIRA promove, através da ARTE, um ambiente para a discussão participativa da sociedade a cerca de temas de importância SOCIAL, AMBIENTAL e CULTURAL.

( Daniel Viana)

28 de setembro de 2005

Era uma vez...um blog abandonado...por uma menina que não tinha computador e que esperava que seus leitores não desistissem dela. È isso!

De casa em casa apertando a campainha e saindo correndo.
De poça em poça pulando em cima e espalhando água aos que estão ao meu lado.
De folha em folha caçando palavras antigas e ecos delas.
De passo em passo construindo.
Hedonismo??? Quem sabe?
Maiakóvsk me disse que nada faria se não envolvesse alegria.
faço destas, minhas palavras, e que não se conteste.
Pelo menos por enquanto.

16 de setembro de 2005

Vivo
Lenine
Composição: Lenine/Carlos Rennó

Precário, provisório, perecível;
Falível, transitório, transitivo;
Efêmero, fullgás e passageiro
Eis aqui um vivo, eis aqui um vivo!

Impuro, imperfeito, impermanente;
Incerto, incompleto, inconstante;
Instável, variável, defectívo
Eis aqui um vivo, eis aqui...

E apesar...
Do tráfico do tráfego equivoco;
Do tóxico do trânsito nocivo;
Da droga do indigesto digestivo;
Do câncer vil do servo e do servil;
Da mente o mal doente coletivo;
Do sangue o mal do soro positivo;
E apesar dessas e outras...
O vivo afirma firme afirmativo
O que mais vale a pena é estar vivo!

É estar vivo
Vivo
É estar vivo

Não feito, não perfeito, não completo;
Não satisfeito nunca, não contente;
Não acabado, não definitivo
Eis aqui um vivo, eis-me aqui.



EIS-ME AQUI...VIVA!

12 de setembro de 2005


Cheiro de cobertor. De café. De mato. De orquídea que acabou de nascer. De pão quente. De rio renascendo. De dia chuvoso. De saudade. De ir embora. De vento e poeira inconstante. De ontem. De música baixinha. De céu anuviado mas ainda assim azul. De primeira conversa com pais do dia. De jornal que meu avô foi comprar. De cachorro no pé.
Não há manhã como a do interior.
Não há manhã como a de Piraju.

11 de setembro de 2005

chega uma hora que a gente sempre tem que ir embora!
Embora as vezes seja prazeroso, por outras e muitas mais é sempre difícil!
Deixo um lugar onde passa algum rio, silencioso, de texturas diferentes, ornamento de uma paisagem constante em toda minha memória. Contexto de uma música familiar embora cheia de novidades. Bons amigos. Boa música (e Pirajuense). Algumas causas a serem pensadas e vencidas.
Vou pra algum sono desesperado em lugar que não é meu e é tão de todo mundo que até acaba me pertencendo.

MACUPIRA - 9 de outubro de 2005 - domingo



9 de setembro de 2005

e pra começar : NONSENSE!

Fale com ela pra falar depois com você. Canto do Rio canta pro rio que mais tarde vou pra lá. Leio Oficina, escuto Oficina, em paz e muito mais.

MAIORES SÃO OS PODERES DO POVO.

Mas terá poderes um tal de Chico Buarque? Augusta , Angélica e Consolação pra morar.
Saudades pra sentir. Livros pra ler. Música para ouvir>>>>>>>

Coisas que já escrevi estarão aqui. Logo mais.

Macupirações coletivas e individuais. politiquês incorreto. romancistas errantes.punhetações eruditas.

Um Brinde a todo acaso mas a todo óbvio!

agora silêncio, silêncio silêncio e BATUCADA!