16 de novembro de 2006

nem se atreva a me dizer do que é feito o samba

Eu quis compor o samba do silêncio e lembrei que samba nada tem com o silêncio. A não ser o silêncio que a platéia deve fazer quando o samba tocar.Aliás, nem isso. Samba que é samba deve ser cantado a mil vozes.

Mas então para que afinal hei de compor um samba silencioso se nem mesmo sei compor. O que faço é juntar palavras que não servem para música nenhuma. Serviriam talvez para a construção de um poema dadaísta. Fossem elas recortadas em folhas de papel e dispostas sobre a mesa.

Leite com café também não combina com samba. E isso é justamente o que está em minhas mãos. Além disso, se for o samba que imagino, mal caberia compô-lo aqui. Frente a uma máquina sem a roda de uma pessoa que seja ao meu redor.

Percebo que o samba anda sendo questionado e creio eu que o samba nada tenha com as questões. A não ser aquelas que afligem a alma. Mas por causa de que havemos de questioná-lo?

Se samba tiver filosofia, acredito que eu não deveria entrar nessa discussão. Nem me meter a pensar sobre o samba. Logo eu que queria compor um samba em silêncio.

Deixo o samba para os sambistas e me comprometo a não teorizar mais sobre ele. Melhor assim. Antes que o samba não faça mais sentido para mim.

2 comentários:

thaispimenta disse...

eu me jogo no samba.

tá bom, né?!

thaispimenta disse...

eu quero mais textos.

pq pri some?!