nem se atreva a me dizer do que é feito o samba
Eu quis compor o samba do silêncio e lembrei que samba nada tem com o silêncio. A não ser o silêncio que a platéia deve fazer quando o samba tocar.Aliás, nem isso. Samba que é samba deve ser cantado a mil vozes.
Mas então para que afinal hei de compor um samba silencioso se nem mesmo sei compor. O que faço é juntar palavras que não servem para música nenhuma. Serviriam talvez para a construção de um poema dadaísta. Fossem elas recortadas em folhas de papel e dispostas sobre a mesa.
Leite com café também não combina com samba. E isso é justamente o que está em minhas mãos. Além disso, se for o samba que imagino, mal caberia compô-lo aqui. Frente a uma máquina sem a roda de uma pessoa que seja ao meu redor.
Percebo que o samba anda sendo questionado e creio eu que o samba nada tenha com as questões. A não ser aquelas que afligem a alma. Mas por causa de que havemos de questioná-lo?
Se samba tiver filosofia, acredito que eu não deveria entrar nessa discussão. Nem me meter a pensar sobre o samba. Logo eu que queria compor um samba em silêncio.
Deixo o samba para os sambistas e me comprometo a não teorizar mais sobre ele. Melhor assim. Antes que o samba não faça mais sentido para mim.
2 comentários:
eu me jogo no samba.
tá bom, né?!
eu quero mais textos.
pq pri some?!
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