21 de julho de 2006

Vinho. Cigarro. O agora e o daqui a pouco. O que eu espero e o que me surpreende. Eu sonho acordada. Eu sonho dormindo. Eu sonho o tempo todo. Não há quem resista à incapacidade de sonhar. Espero. Aconteço. Devagar. Sempre. Em frente. Acostumo-me, mas não deveria. Não me acostumo. Quero. Abdico. Tudo o que será. Tudo o que não é. Palavras vazias. Texto completo. Não fiz. Eu quis. Deslumbre. Ceticismo. Falta encantamento pra ver a poesia da rua. Sobra alegria com pouco. Engano e desengano. Acredito e acredito. Duvido, mas é por pouco tempo. Eu encho a página de palavras. Eu entendo. Eu questiono. Eu tenho de me acostumar. Não sei viver sem algumas coisas. Outras preferia não ter. Eu não choro mais quando ouço aquela música. E nem sorrio mais quando leio aquele poema. Ônibus todos os dias no mesmo horário. Caminhadas pela mesma rua. Elaboro teses. Descontruo teses. Leio. É pouco. É tudo tão pouco!

Um comentário:

La Masturbación disse...

Eu tenho tido dificuldades em me expor ou me relacionar também! Tem sido árduo pra mim conversar e ouvir. O que se passa contigo? Conte-me

te amo