2 de abril de 2006

Projetos distintos não devem ser pesados na mesma balança.

Há que separar-se desejo e responsabilidade. Cada um em sua metade da balança. Embora talvez devêssemos pesá-los em balanças distintas.

O desejo e a responsabilidade devem ser separados, etiquetados, catalogados e depois, guardados em distintos compartimentos de armários ou arquivos a que sirva vistoriá-los em dias quaisquer.

O relógio deve então parar de correr. Há de se ter escolhas que priorizem o prazer. Pode ser que alguém pense: o desejo virá sempre antes da responsabilidade.

Nem sempre.

Há que prefira a responsabilidade ao desejo, ou, há quem tenha desejo pela responsabilidade.

Geralmente o ser humano, esse objeto duplo, repleto de significações e sentidos possui balanceadamente as duas opções. O que deve ser evitado, no entanto, é o atropelamento de um pelo outro.

Mas, o tempo existe. Involuntariamente somos pautados pelo andar alvoroçado dos relógios e suas conseqüências. Escravos? Quem sabe. O que se tem certeza é que realmente não podemos escolher a que horas vem um e a que horas começa o outro.

Há de se optar pelas escolhas, novamente. Escolher alternativas pré-estabelecidas por normas que a gente mesmo se impõe. E se não as houvesse, o que decidiríamos?

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