20 de janeiro de 2008

João Passarinheiro - terceira parte

Depois desse acontecimento, o pai isolou-se numa busca eterna pela mulher. Mal falava com o filho e deixou de preparar-lhe a marmita de arroz, feijão e bife, que costumava trocar pelo peixe abundante no riacho que corria perto da casa. Desde então, Passarinheiro deu para tomar muito café que ele mesmo torrava e servia ao pai nos fins de tarde, quando chegava de sua incursão diária pela mata verde e cerrada. Fumava cigarro de fumo de corda que trocava no armazém de Seu Joaquim por um punhado de café fresco servido todas as tardes pelo comerciante. Era magro e esguio, andava descalço sempre, por maior que fosse a caminhada.


[Aviso aos navegantes: para entender esse texto, creio que seja preciso ler as outras duas partes, perdidas, embora facilmente encontráveis, em cantos desse blog. Era só e tudo isso]

Nenhum comentário: