Ponha sua saia mais bonita.
Nós vamos sair para tocar o ar.
Se chover, respiramos água. Se ventar, a gente deixa o cabelo bagunçar.
Vamos descalços. Deixa o chão tocar.
Não importa se grama ou pedra, tem mais importância pisar.
Abra suas mãos.
Deixa o mundo passar entre os dedos.
Não há nada que não se possa apalpar.
Feche os olhos e ande às cegas.
Confie no embalo do som das coisas.
Depois abra e conte quantas cores existem a cada quarteirão.
Há mais vida no imprevisto que na razão.
2 comentários:
Oie, gostei do seu blog; e destes versos: "Se chover, respiramos água. Se ventar, a gente deixa o cabelo bagunçar.".. bonito de mais!
Pedro
essa coisa de imprevisto eu não gosto não. Aquele imprevisto então, nem se fala. afff! viu, esse é mais um texto que amo. é leve, e verdadeiro. e como toda a verdade, é duro. é lindo, é leve, é duro, é verdadeiro.
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