27 de julho de 2007

Ponha sua saia mais bonita.

Nós vamos sair para tocar o ar.

Se chover, respiramos água. Se ventar, a gente deixa o cabelo bagunçar.

Vamos descalços. Deixa o chão tocar.

Não importa se grama ou pedra, tem mais importância pisar.


Abra suas mãos.

Deixa o mundo passar entre os dedos.

Não há nada que não se possa apalpar.

Feche os olhos e ande às cegas.

Confie no embalo do som das coisas.

Depois abra e conte quantas cores existem a cada quarteirão.


Há mais vida no imprevisto que na razão.

2 comentários:

Pedro Pieroni disse...

Oie, gostei do seu blog; e destes versos: "Se chover, respiramos água. Se ventar, a gente deixa o cabelo bagunçar.".. bonito de mais!

Pedro

Anônimo disse...

essa coisa de imprevisto eu não gosto não. Aquele imprevisto então, nem se fala. afff! viu, esse é mais um texto que amo. é leve, e verdadeiro. e como toda a verdade, é duro. é lindo, é leve, é duro, é verdadeiro.