26 de janeiro de 2006

O fato é que eu remoia algumas lembrancas.
Não porque fossem boas ou más, mas porque elas me pertenciam.
Não há bom momento que não vire boa lembranca que, ao consultá-la, faca emergir da face um sutil sorriso.
Assim como não há má lembranca que deixe de espremer violentamente o coracão dentro do peito.
Mas essa não é a questão principal.
A principal questão é que elas me pertencem e, talvez sejam, acredito que o são, só minhas.
Elas me constroem a cada dia. Guiam escolhas e moldam minha maneira de acordar.

2 comentários:

Anônimo disse...

lembranças são como carne móida,só que a gente móe(*) do jeito que quiser, ao nosso modo.
quem se alimenta dessa porra? a "mardita moída" nos serve pra quê?
para amar, para chorar, se contentar, cantar, se foder, mudar, voltar, ler, ouvir, entender, se rebelar, buscar, assistir, aplaudir, despertar, morrer, ressuscitar, responder, redirecionar e se reerguer.
a vida é isso, vai e volta e vem de novo. o futuro se casou com o pretérito. ainda bem...

Anônimo disse...

ah! lembranças...

engasgam. glup!